Leia abaixo o resumo do artigo “Web 3.0, Indústria Criativa e o Mapeamento do Ecossistema XR no Brasil”, publicado em 15/08/2022 no Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural.
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“Entendo que falta muita compreensão, conhecimento, informação sobre como funciona [a área de XR], de que forma trabalha, como se remunera, quais órgãos normativos e/ou reguladores e de que maneira estamos sujeitos e enquadrados a eles. Inclusive e especialmente [desconhecimento] dentro dos próprios órgãos de regulação e fomento a que estamos sujeitos enquanto profissionais e empresárias/gestoras desses modelos de negócios.”
Respondente do Mapeamento do Ecossistema XR no Brasil (2020-2021)
Nas últimas décadas, assistimos ao crescimento exponencial das redes e das tecnologias de informação e comunicação nos mais diferentes setores produtivos. Particularmente, o advento da Internet tem impulsionado o desenvolvimento de várias tecnologias, indo desde os web browsers e do e-commerce na Web 1.0 até os conteúdos imersivos disponíveis na Web 3.0.
Nesta evolução, acompanhamos uma Web 1.0, em que a internet era estática, com uma interação passiva baseada apenas na leitura e na seleção de links, seguida da Web 2.0, marcada por um conteúdo interativo, em que o usuário foi estimulado a socializar pelas redes e a ser criador de conteúdo, na era dos blogs e das redes sociais. Este processo culminou na Web 3.0, que leva as economias, o comércio e os processos de trabalho a migrarem para o espaço virtual, em mundos construídos nas chamadas Realidades Estendidas.
Metaverso, tecnologia 5G, Internet das Coisas e Realidades Estendidas fazem parte dessa nova fase da Internet. Vale dizer que, mesmo já havendo as condições técnicas para esse movimento em 2019, foi observado um maior impulso na adoção dessas tecnologias com a pandemia de Covid-19, dada a urgência em adaptar uma série de atividades profissionais ao ambiente virtual. Visando dimensionar o impacto da Covid-19 nesse mercado, a empresa Artillery Intelligence estimou que a comercialização de projetos de Virtual Reality (VR) alcançou 4,98 bilhões de dólares em 2019. Estas projeções foram revistas, e a comercialização de projetos em VR poderá alcançar 12,19 bilhões de dólares em 2024 (VR/AR, 2021). Esse dado é corroborado pela Yahoo Finance (2020) quando afirma que a média anual de revendas de conteúdos AR (sigla para Augmented Reality) e VR foi acelerada pela Covid-19, apresentando um crescimento de 38,1% para conteúdos AR e 27,9% para conteúdos VR.
Em 2021, um Fórum do mais legítimo órgão multilateral voltado para comércio e desenvolvimento evidenciou as crescentes sinergias entre as indústrias criativas e a digitalização do comércio, enfatizando a necessidade de os países envidarem esforços para otimizar o desenvolvimento econômico, social e benefícios culturais da economia criativa através da construção de um ambiente propício mais equitativo para a sua promoção (UNCTAD, 2021). Isto ocorreria através do desenvolvimento da economia digital, tecnologias digitais, sistemas nacionais, regionais e globais de inovação, infraestrutura digital e conectividade, modelos de investimento para os setores público e privado e mais marcos regulatórios inclusivos.
Entendendo que essa evolução representa uma rápida aceleração rumo à Indústria 4.0 e ao crescimento das atividades econômicas ligadas à Indústria Criativa, o Mapeamento do Ecossistema XR (sigla para Extended Reality) no Brasil buscou reunir dados sobre as empresas que atuam nesse segmento com o objetivo de compreender quais seus desafios e limites (Maciel, 2022). Neste artigo, apresentaremos alguns achados da pesquisa, não sem antes abordarmos as tecnologias e conceitos associados à Web 3.0. Visto que, como citado na epígrafe, “falta muita compreensão, conhecimento, informação sobre como funciona [a área de XR]”, também estabeleceremos diálogo com informações constantes no Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural.
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Leia aqui o artigo na íntegra: Artigo Web 3.0, Indústria Criativa e o Mapeamento do Ecossistema XR no Brasil