Deslocamento da cauda longa

Deslocamento da cauda longa

 

Por João Carlos Massarolo e Marcus Vinícius Tavares de Alvarenga

A proposta deste trabalho é analisar a correlação entre os estudos de marketing e de microeconomia e a dinâmica do desenvolvimento tecnológico na área da comunicação, por meio de dois pressupostos, em que um se alicerça na teoria da cauda longa, um livro de Chris Anderson, que envolve a relação da multiplicação do número de nichos de mercado e o questionamento desta num texto da Harvard Business Review, intitulado “Você Deve Investir na Cauda Longa?”. Assim, o trabalho será concluído, através do confronto das duas teorias, referenciando o impacto do desenvolvimento tecnológico nos hábitos de consumo e audiência dos produtos audiovisuais na internet e como a economia do audiovisual poderá ser impactada.

A questão da Cauda Longa trabalha sobre um princípio de que num universo virtual, propiciado pela internet, os custos de logística e de produção tendem a cair cada vez mais, de forma a aumentar o consumo num universo de muito maior escolha, logo, neste cenário as pessoas tenderão a comprar produtos cada vez voltados a um nicho mais específico.

É muito difícil não aceitar que a internet, através dos serviços de venda de músicas e vídeos, não tenha mudado a conjectura da maior disponibilidade de produtos musicais e audiovisuais para a disposição dos consumidores. Assim, tanto na teoria, quanto na contra-teoria é perceptível a estruturação de dois fenômenos que podem formular uma hipótese que chamaria de Hipótese do Deslocamento da Cauda.

Percebe-se que a economia dos produtos entrantes que se situam na cauda não devem ser considerados como meta para as lojas virtuais, porém o leque de produtos populares parecem aumentar as possibilidades de enfoque em sucessos de nichos/hits cada vez mais específicos, que se popularizam por serem viáveis economicamente, ou por vendas ou por publicidade, e que estipularão uma nova relação de modelo de negócio na economia digital.

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