Resenha da coleção de livros “Cinema no Mundo: indústria, política e mercado”, de Alessandra Meleiro, que traça um panorama atual da situação do cinema nos cinco continentes, através de 30 especialistas que investigam em profundidade aspectos culturais, econômicos e tecnológicos da produção cinematográfica. Por Luciano Trigo.
Livros, revistas, jornais, Journals e sites de referência sobre o cinema africano.
Livros, revistas, jornais, Journals e sites de referência sobre o cinema europeu.
É impossível estudar a indústria cinematográfica mundial do século XXI sem uma análise detalhada e mais crítica do papel hegemônico desempenhado pela indústria cinematográfica dos EUA, em geral, e de Hollywood, em particular. O atual predomínio dos estúdios de Hollywood e da Motion Picture Association como o principal grupo do mundo em termos de produção, distribuição e exibição de filmes no mercado mundial e, conseqüentemente, sua fatia majoritária da renda da indústria cinematográfica global merecem um exame minucioso.
É interessante saber que, na Europa, as intervenções políticas para apoiar a indústria cinematográfica nacional começaram nos anos 20 e se tornaram efetivas depois da Segunda Guerra Mundial. Instituições foram criadas na maioria dos países europeus para a adoção de políticas de promoção e financiamento do setor audiovisual. Mais tarde, o Conselho da Europa recomendou novos mecanismos para estimular a produção cinematográfica. Mais recentemente, em 1992, a Convenção Européia e seu Fundo para a co-produção de filmes entraram em vigor com o objetivo de revitalizar a indústria cinematográfica européia e reconquistar os mercados internacionais no novo milênio.
A situação da indústria cinematográfica na Ásia indica duas ocorrências contrastantes: o declínio no Japão e a expansão na China. O segundo maior mercado para filmes, o Japão, tornou-se altamente dependente da locação de vídeos. O leitor tomará conhecimento de importantes mudanças em curso na região.