A coleção “A Indústria Cinematográfica e Audiovisual Brasileira” – composta por três livros que apresentam um panorama detalhado sobre o mercado, a economia e as políticas públicas voltadas para o setor – será lançada neste mês, com debates em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Campinas e Piracicaba. Os livros foram organizados pela pesquisadora Alessandra Meleiro e reúnem artigos de gestores, profissionais do mercado e outros pesquisadores.
Ainda pouco explorada no Brasil, a indústria nacional de cinema é apresentada nas obras por meio dos seus mais diversos prismas, com textos sobre como os mercados operam e se desenvolvem, e como são afetados por políticas de governo e condições econômicas globais.
No volume “Cinema e Políticas de Estado: da Embrafilme à Ancine”, é traçada uma linha na história do cinema brasileiro, mostrando os bastidores do fim do ciclo da estatal no início dos anos 1990, passando pela criação da Lei Rouanet, a euforia do período da Retomada até chegar à repolitização e a participação da televisão no cinema, em 2002.
Em “Cinema e Economia Política”, os autores analisam as especificidades econômicas da indústria, como a política externa de promoção do cinema nacional em festivais internacionais, o papel da Apex-Brasil nesse contexto audiovisual, os novos modelos de regulação para o cinema e a televisão, o desenvolvimento de blockbusters brasileiros, além da ética e do direito no cinema.
Por fim, “Cinema e Mercado”, a terceira obra da coleção, retrata em profundidade o tripé produção, distribuição e exibição. Entre os destaques temáticos estão o pensamento industrial brasileiro, a ineficácia histórica da distribuição, os números e as especificidades do parque exibidor nacional, o crescimento dos festivais e das novas mídias, e o desempenho dos filmes brasileiros nos Estados Unidos.
De acordo com Alessandra, a coleção pretende facilitar o debate e a busca de soluções dos problemas específicos da cadeia produtiva, observando não apenas os fatores que entravam o seu desenvolvimento, mas, principalmente, a sua dinâmica geral e as suas contradições internas. Também permite ao leitor adentrar na indústria audiovisual com uma perspectiva interdisciplinar, apoiada nas macrovisões de futuro, cobrindo uma grave carência de perspectivas estratégicas das organizações empresariais.
NA ELOCENA TV
A cada ano, mais filmes brasileiros são realizados por meio de coproduções internacionais. Steve Solot, presidente da Rio Film Commission, aponta estratégias de negócios com grandes estúdios americanos. Acesse: www.elocena.com.br
COOPERAÇÃO
Em abril, o Brasil assinou um acordo de cooperação com o Equador que prevê políticas para projetos em conjunto no setor audiovisual e também na conservação de patrimônio cultural e acervos.
PARANÁ
Seguem abertas até o dia 30 de junho as inscrições para o 5º. Festival do Paraná de Cinema. Neste ano, o maior prêmio será para o melhor diretor, no valor de R$ 110 mil. O evento ocorrerá entre 4 e 10 de outubro, em Curitiba.
CONVOCATÓRIA
O programa Ibermedia abriu inscrições para os editais de formação, desenvolvimento, coprodução, distribuição e exibição. O prazo para o envio dos formulários e documentos vai até 14 de junho.
Faça o download e veja a coluna do CENA na revista Movie, edição de junho/2010.