Por Ernesto Piedras Feria
Nos últimos anos reconheceu-se progressivamente a importante contribuição das indústrias e empresas culturais tanto para o desenvolvimento humano como para o crescimento econômico e a criação de emprego, talvez porque em um mundo globalizado a cultura e economia estão mais ligadas do que nunca.
A adoção em 2001 da Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural, que reconhece expressamente o papel destas indústrias seja pela diversidade, seja por ser “fonte de desenvolvimento em termos de crescimento econômico”, dá boa prova disso.
Devemos hoje avançar em busca de uma melhor compreensão deste fenômeno, especialmente em países como México, que abunda em potencial criativo, talento e imaginação, que mostra uma vontade decidida de desenvolver sua imensa riqueza cultural e integrar-se plenamente na “economia da cultura”.
Sem dúvida, este trabalho de censo e diagnóstico do setor criativo mexicano constitue uma base firme para colocar em prática esta vontade.
Este estudo, que pela primeira vez avalia a contribuição econômica dos diferentes setores que integram as indústrias protegidas pelos direitos autorais no México, responde com precisão a uma pergunta tão simples quanto essencial: “quanto valem os setores culturais e artísticos?”.
Demonstra-se, seguindo uma metodologia precisa e inovadora, que estes contribuem de forma crescente e sustentada para a economia nacional, gerando emprego de qualidade, com exportação em constante desenvolvimento e favorecendo o surgimento de efeitos multiplicadores e externalidades positivas.
O setor cultural mexicano, longe de ser um “poço sem fundos” que requer de constantes aportes públicos, possui importantes vantagens comparativas. Merece, portanto, ter políticas culturais e setoriais adaptadas a suas necessidades, capazes de gerar um entorno sólido e favorável a seu desenvolvimento.
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