Por Alessandra Meleiro
A Documenta Vídeo Brasil é conhecida no mercado por dedicar-se exclusivamente à produção de documentários nas mais diversas áreas. Abastece a programação da Rede Sesc Senac de Televisão (STV), realizando uma média de dez documentários e 48 séries por ano. As séries “Mundo da arte”, “Mundo da alimentação” (que conta com 80 programas), “Mundo da ecologia” (48) e “Mundo da decoração” (15), até hoje são reprisados pela STV.
Os sócios José Roberto Cintra e Cacá Vicalvi já tinham uma ligação estreita com televisão antes de abrirem a empresa. Cintra fez o primeiro estudo de programação da STV, de conteúdo à vinheta, e Vicalvi passou anos fazendo documentários na TV Cultura. “Nós não fazemos uma televisão de autor, nós fazemos uma televisão de grupo. A qualidade do produto está estritamente ligada à relação da equipe”, diz Vicalvi.
A Documenta está estruturada para fazer tanto séries (50 minutos) quanto documentários (30 minutos), trabalhando basicamente com a mesma formatação de equipe: consultoria, pauta, direção, produção, direção de arte, direção de fotografia, operação de áudio, iluminação e edição. Conta com câmeras DVCAM e Betacam, da Sony, duas ilhas digitais Media 100 com After Effects e uma analógica de corte seco.
Segundo Vicalvi, a produtora, “através de uma mescla entre o trabalho de diretores com experiência em jornalismo e uma fotografia própria do cinema, privilegia o conteúdo. Usamos um formato e uma operacionalização diferentes daquelas do documentário clássico (com perguntas, entrevistado, imagens de cobertura e montagem).
Algumas correntes defendem que o trash é uma linguagem moderna e que aquilo que é bem acabado, que é fotograficamente bem feito é careta. Nós aqui trabalhamos com as duas coisas. Pegamos situações em que a luz está muito bem feita, o menu da câmera muito bem ajustado, e também imagens granuladas, superexposição, desfoque, e o resultado é surpreendentemente bom.”
Clique aqui para ler a reportagem na íntegra.
—-
FONTE
Publicado originalmente em Nov/2001 na Revista Tela Viva; n. 111; Ed. Glasberg; São Paulo; pp. 30-31