Por Alessandra Meleiro, de Teerã
A produção cinematográfica nacional se transformou numa preocupação delicada para o governo do Irã. Mas, como as reformas no âmbito político se dão com extremo vagar, a solução encontrada por uma nova geração de diretores foi justamente deixar o governo um pouco de fora – e assim conseguir a autonomia necessária para expor seus temas.
Seus filmes se tornaram viáveis graças à criação da ONG Independentes do Irã, em 1995, maximizando o potencial individual de produção dos filmes. Essa organização se firmou como o mais vigoroso centro de produção de documentários com temáticas sociais e políticas do Irã (já que todos os outros órgãos oficiais de produção evitam tais temáticas).
“Os diretores situam-se de maneira diferente sobre a relação das forças sociais e políticas, mas a grande maioria dos independentes incorpora um cinema ideológico e preocupado com as recentes mudanças na sociedade”, diz Bahman Kiarostami, 25, filho do premiado Abbas Kiarostami.
A ONG é também o mais competente centro de distribuição internacional de filmes no Irã. Compete com a infra-estrutura da governamental Fundação Farabi Cinema, mas consegue melhores resultados na inserção das produções do país em festivais internacionais.
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FONTE
Artigo originalmente publicado em Dezembro/2003 no Caderno Ilustrada, Folha de São Paulo, pág. E1, 09/12/03.