Um olhar sobre a nova realidade iraniana

Um olhar sobre a nova realidade iraniana

 

Por Luiz Zanin Oricchio

Se é verdade que cinema pode ser uma janela para o mundo, a mostra Documentários Iranianos Independentes (Centro Cultural Banco do Brasil) cumpre essa função de maneira exemplar. É difícil que um conjunto de filmes esclareça tanto sobre um país para nós ainda envolto em mitologias e preconceitos. Não que o cinema iraniano seja um total desconhecido para o público brasileiro e paulistano em particular. Depois do sucesso internacional de nomes como Abbas Kiarostami, Mohsen Makhmalbaf, Jafar Panahi e Babak Payami, o país tornou-se um pouco mais visível e talvez compreensível para os olhos dos ocidentais.

No caso da mostra do CCBB, temos oportunidade de conferir não os trabalhos desses medalhões, mas de gente até então desconhecida e que tem seus filmes viabilizados pela ONG Iranian Independents. O que se tem, no caso, é uma visão não-oficial da realidade do país, ainda severamente controlado tanto do ponto de vista cultural como político, apesar da abertura relativa que vive.

A realidade iraniana, mais multifacetada do que se acredita, emerge de filmes como “Três Mulheres no Cinema”, “Sozinha em Teerã”, “Encontro de Mulheres”, “Escola em Poder das Crianças” e “Forough Farrokhzad: Vida e Obra”. A situação dos refugiados afegãos no Irã está retratada em “Afeganistão: A Verdade Perdida”.

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FONTE
Texto publicado originalmente em O Estado de São Paulo, 27/07/ 2004, Caderno 2, pág. D5